Pesquisa com sementes crioulas será ampliada no município
Um grupo de mestrandos e doutorandos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) reuniu-se, na tarde do último dia 19, com representantes da Epagri, Secretaria de Saúde e de Agricultura e Sintraf de Anchieta para expor detalhes das próximas pesquisas a serem realizadas no município. Desde 2002, a UFSC mantém pesquisas no campo da agrobiodiversidade e até o momento, o enfoque principal eram as sementes de milho crioulo. Agora, os pesquisadores apresentaram uma proposta que prevê a ampliação dos estudos que abrangerão também as culturas de arroz, tomate e hortaliças com um levantamento das variedades existentes e a identificação daquelas que possam estar em vias de desaparecer.
Para o engenheiro Agrônomo da Epagri de Anchieta, Ivan Canci, as pesquisas sobre sementes crioulas são de essenciais para que a população conheça e cultive as variedades antigas, muitas vezes preservadas por várias gerações de uma família. Para Canci, o trabalho dos pesquisadores tem também grande importância como material de pesquisa para alunos do município. “O resultados das pesquisas é uma importante ferramenta para o conhecimento e a preservação”, salienta. O agrônomo também ressaltou que os projetos de pesquisa precisam contemplar além dos estudos, recursos para a compra e multiplicação das sementes. Para a secretária de Saúde, Roseli Canci Sagaz, o trabalho dos pesquisadores vai além dos estudos sobre sementes, pois resgata o conhecimento e a autoestima das pessoas. “A valorização da cultura, das histórias das famílias traz motivação e realização pessoal e isto também é saúde”, define. A coleta de dados terá início na segunda metade de janeiro e contará com o auxílio das agentes municipais de saúde.