Secretaria Agricultura contabiliza 3 mil horas na confecção de silagem
Município já executou, no primeiro semestre, 3000 horas de silagem e 250 de distribuição de adubo e calcário. A informação é do Secretário de Agricultura, Mario Signor. De acordo com ele, em 2013, foram 3700 horas trabalhadas nas propriedades rurais do município, que resultaram em aproximadamente, 92 mil toneladas de silagem. Para este ano, a previsão é que os números sejam aproximados aos da safra passada mas ainda não há um levantamento oficial pois o serviço de silagem continua até o início de julho. No tocante ao movimento econômico do município, Signor prevê um acréscimo de 15% em relação ao ano passado. Ele explica que a alta é resultado de vários fatores como a maior conscientização do produtor e também os resultados da aplicação da Lei Municipal 2018/2013 que determina a vinculação entre o movimento econômico comprovado pelo agricultor ou produtor de leite, ao número de bônus de horas/máquina a que terá direito na confecção de silagem, distribuição de adubo orgânico e outros serviços. Para controlar e acessar dados, a secretaria conta também com um sistema de gerenciamento de informações onde estão registradas quaisquer solicitações de serviços como silagem, distribuição de adubo e calcário, inseminações, serviços de máquinas, dentre outros. Além da comprovação do atendimento, o sistema também contribui nas ações da secretaria e permite emitir relatórios individuais das propriedades que indicam as necessidades específicas de cada uma.
Silagem não deve ser única opção
“Fazer silagem é uma questão de segurança alimentar, pois complementa a alimentação bovina na troca de pastagem, em períodos de estiagem ou frio severo”, explica Signor. O secretário pondera, no entanto, que ela não deve ser a base da alimentação no rebanho pois, apesar de o valor nutritivo da silagem ser semelhante ao da pastagem verde, o custo se torna mais alto pela necessidade de mão de obra para levar o alimento ao rebanho. De acordo com ele, levando-se em consideração a pequena produção de algumas propriedades, a alimentação do rebanho feita quase que exclusivamente com silagem, pode inviabilizar a atividade. Com o objetivo de rever esta prática, a secretaria busca orientar o produtor, mostrando os benefícios da produção à base de pasto. “Com o uso racional e o manejo adequado do solo, da água e do rebanho, tanto em nosso município como em outros com a mesma realidade, existem exemplos que mostram a possibilidade de se produzir sem silagem em boa parte do ano”, afirma. Outros aspectos importantes apontados na produção à base de pasto são a redução da necessidade de mão de obra, já que o gado busca o próprio alimento e também o tempo de utilização da área de pastagem perene, que pode ser de até 10 anos.