Reabertura do Hospital Municipal é discutida pela população
Audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores na noite de ontem, dia 09 lotou o auditório do Legislativo. Em discussão, a situação do hospital do município interditado parcialmente em outubro deste ano.
Na abertura dos trabalhos, a consultora em Saúde Pública, Lisiane Rukhaber fez uma explanação sobre a história do hospital relacionando a evolução dos atendimentos com dados populacionais e custos de manutenção. Lisiane também apresentou as notificações da Vigilância Sanitária recebidas desde 2002 que já apontavam a necessidade de adequações para a continuidade do funcionamento.
Após a apresentação das informações, foi aberto espaço para perguntas da população e para o pronunciamento das autoridades convidadas. Contribuíram para esclarecimento de dúvidas e para explicar o atual contexto do hospital, o prefeito Ari Prestes, a secretária de Saúde, Roseli Canci Sagaz e a representante da Vigilância Sanitária, Beatriz Soares. Conjuntamente com a secretaria de Saúde, a consultora e a representante da Vigilância Sanitária, o prefeito Ari Prestes respondeu questionamentos e explicou à população sobre a inviabilidade, em termos de recursos, adequação legal e manutenção, de o hospital continuar a oferecer serviços como vinha fazendo antes da interdição.
De acordo com os dados apresentados, a possibilidade atual é de que haja a reabertura, porém como uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Neste caso, poderiam ser feitas internações de até 24 horas e pequenos procedimentos, mas não haveria a possibilidade de realizar procedimentos como cirurgias já que a exigência nestes casos é que se forme uma equipe médica específica e que sejam feitas inúmeras adequações na estrutura física do prédio. Segundo o que foi demonstrado na audiência, todo o processo demandaria recursos que o município não possui.
Encerrado o tempo para debates e questionamentos, a maioria dos presentes opinou favoravelmente a proposta da administração que agora dá prosseguimento aos trâmites necessários para promover a reabertura do hospital o mais breve possível, como uma Unidade de Pronto Atendimento. “O que desejamos é poder reestabelecer a utilidade das instalações do hospital e atender nossa população”, definiu Prestes. Ele informou que o projeto com as adequações já foi protocolado na Vigilância Sanitária e que a administração aguarda o parecer do órgão para dar início aos trabalhos.