Enfermeira orienta sobre os riscos da Icterícia
Patrícia Campana, profissional que atua na Unidade de Saúde do centro falou ao grupo de gestantes coordenado pelo Nasf. De acordo com Patrícia, a Icterícia é uma condição comum em recém-nascidos e é caracterizada pela cor amarela da pele e do branco dos olhos, causada pelo excesso de bilirrubina no sangue.
A bilirrubina é um pigmento normal, amarelo, gerado pelas células vermelhas do sangue, porém, quando a formação de bilirrubina é maior do que a capacidade do fígado de metabolizá-la o acúmulo deste pigmento acima de certos limites é extremamente tóxico para o sistema nervoso, podendo causar lesões graves e irreversíveis. “A icterícia aparece geralmente no segundo ou terceiro dia de vida e pode ser percebida primeiramente na face do bebê. Com o passar dos dias, a cor amarelada também estará presente no tórax, abdômen e pernas”, explica. A enfermeira ensina um teste simples para constatar a icterícia. “A mãe pode pressionar suavemente com a ponta do dedo a ponta do nariz ou a testa da criança. Se a pele permanece branca não há icterícia, se a cor for amarelada, a mãe deve buscar o atendimento médico para avaliação e tratamento”, ressaltou.
Patrícia explica ainda que exames de sangue ajudarão o médico a decidir pelo tratamento mais adequado. Quando a icterícia é leve, poderá ser indicado apenas um banho de sol por alguns minutos diários. Quando os níveis de bilirrubina estiverem muito elevados, o tratamento é feito com fototerapia, procedimento em que o bebê é colocado em um berço especial, sob luzes fluorescentes que ajudam a metabolizar a substância. “É importante dizer que, se tratada desde o início e da forma correta a icterícia não causa nenhuma sequela por isso, é importante que os pais façam o acompanhamento do recém nascido levando-o, desde o nascimento, para avaliação na sala de puericultura da Unidade de Saúde”, destaca.