RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE FRENTE A CASOS DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS
RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE FRENTE A CASOS DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS
No verão (dezembro a março) é normal uma elevação no número de acidentes por animais peçonhentos em relação aos demais meses do ano, aproximadamente 40% dos acidentes são registrados nessa época do ano. Por isso, é importante que nesse período sejam intensificadas ações de prevenção e controle dos acidentes junto a população.
ACIDENTES COM LONOMIA – TATURANA
Alerta a população quanto as precauções com acidentes de contato com Lonomias, espécie de taturana muito comum nos meses quentes do ano.
A Taturana (Lonomia obliqua) é um tipo de lagarta venenosa, medem de 6 a 7 cm de comprimento, têm o corpo revestido de espinhos ramificados (semelhante a um pinheiro) dispostos ao longo do corpo. A cor geral é marrom-claro-esverdeada ou marrom amarelada, com três listras longitudinais de cor castanho-escuro. Há uma pequena mancha branca de contorno irregular no dorso do terceiro segmento torácico. São larvas que vivem agrupadas, alimentando-se de folhas durante a noite. Quando em bloco, imitam o tronco da árvore parasitada, descendo em bloco para as partes mais baixas onde repousam durante o dia. Na época de transformação da lagarta para pupa elas procuram ficar próximas do solo e das folhas secas, provocando ai, o maior número de acidentes.
Por ocasião do contato com os espinhos das lagartas, surge dor em queimação seguida de vermelhidão, inchaço, calor, mal estar, cefaléia, náuseas e vômito. As manifestações hemorrágicas podem aparecer entre 8 a 72 horas após o contato, sendo as mais comuns manchas escuras pelo corpo, sangramento pelo nariz, gengivas, urina e em ferimentos recentes. Os casos mais graves podem evoluir para insuficiência renal aguda e morte.
CUIDADO:
Quando for coletar alguma lagarta para identificação, faça somente com as mãos protegidas com luvas grossas e com pinças.
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• Ao perceber a presença de colônias de Lonomias avisar imediatamente a Secretaria Municipal de Saúde pelos telefones:
– 3653 3270
-3653 0091
-3653 3250
PREVENÇÃO
• Prestar atenção nos troncos das árvores e na grama ao redor.
• Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer.
• Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenhas ou entre pedras. Caso seja necessário mexer nesses locais, usar um pedaço de madeira, enxada ou foice.
• Não mexer em colmeias ou vespeiros. Caso estes estejam em área de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para a remoção.
• Inspecionar roupas, calçados, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, pano de chão e tapetes, antes de usá-los.
• Afastar camas e berços das paredes e evite pendurar roupas fora dos armários.
• Caso encontre um animal peçonhento, afastar com cuidado e evitar assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto. Procurar a autoridade de saúde local para orientações.
• Observar se as folhas das árvores estão roídas.
• Observar se existem pupas ou fezes no chão.
• Utilizar camisas de mangas longas e calças nas atividades rurais.
É nosso dever lembrar que os insetos são um elo muito importante na cadeia alimentar. O homem precisa saber conviver em harmonia com todos os animais, respeitando seu ecossistema, evitando assim graves acidentes.
EM CASO DE ACIDENTE, O QUE FAZER:
• Procurar o Serviço de Saúde imediatamente / atendimento médico.
• Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lavar o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes com água viva ou caravelas), manter a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chagada ao pronto socorro.
• Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retirar acessórios que possam levar a piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados.
• Não amarrar ou fazer torniquete no membro acometido e, muito menos, cortar e/ou aplicar qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada.
• Não tentar “chupar o veneno”, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local.
• Informar ao profissional o máximo possível de características do animal, como: tipo, cor, tamanho, entre outras. Se possível tirar uma foto ou no caso de não apresentar risco levá-lo em um vidro fechado.
Secretaria de Saúde Pública de Anchieta